Não sei explicar a façanha
Meu corpo é tomado de morno calor
E meu peito se abre em flor
O lirismo brota em meu olhar
E palavras dançam
Qual vento a soprar
Um bailado no ar
Beliscam-me, cutucam, invadem
Riem, rimam, brincam, cantam
Juntam-se como que por milagre
E deslizam na folha em branco
Forma e versos
Como se possuíssem vida
E possuem
Diante dos meus olhos
Explodem em graça suprema
E assim nasce um poema
Vanessa Zordan