terça-feira, 10 de setembro de 2013

Muros



Casas com suas paredes altas
E seus muros altos
E os muros dos vizinhos
Também altos
Escondem a lua
Atrapalham nossas vistas
Impedem que a lua
A olhos nus seja vista

É necessário ir à frente da casa
Esquecer as grades
Que acompanham nossos próprios muros altos
Esquecer qualquer condição feérica
É necessário ir à frente
E despir-se da lente
Que embaça os olhos, infectada
E ainda assim não se sente.

Há impossibilidade de ver a lua
É preciso ver a lua, somente. 


VIII- Das oportunidades


Nas entrelinhas
O homem caminha
Sobre a tênue linha
E vira a página

VII- Do oportunismo


Chorou com o cortejo
Aproveitou o ensejo
Jogou-se no Tejo

Vanessa Zordan