domingo, 22 de dezembro de 2013

Mais de trinta



Mais de trinta anos vividos
Sem me conhecer direito
Havia uma blindagem opaca
Fazendo hora em meu peito

E foi assim desse jeito
Que uma luz foi entrando
Desmanchou gradualmente o feito
Aumentou o quebranto

Mais de trinta anos perdidos
Será fim ou recomeço
Desespero-me ou faço festa
Pelas horas que gastei
Sem estar de fato em mim?