quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amizade


E foi assim, em mais um dia normal de estudante que ela me falou "oi", deixando uma impressão de pessoa simpática, sem tempo ruim. A via sempre, mas não tivemos uma aproximação maior. Éramos de salas diferentes. Mais tarde, que surpresa! Nos encontramos na faculdade, 1º dia de aula, naquela ansiedade de começar o curso, ver como era. Agitação de corredor, fomos juntas procurar nossas salas na lista de alunos, e mais uma surpresa! Caímos na mesma sala. A partir desse dia, iniciou-se uma grande amizade. No começo, eu sem fazer nada em dias comuns, discava sem querer o número da casa dela, que me atendia dizendo para que eu ligasse sempre que quisesse. Conversávamos muito tempo, a ponto de me ameaçarem tirar o telefone da tomada! E desde então, nossa amizade só cresceu. Fomos nós que começamos a moda de juntar as carteiras na sala de aula, e, acreditem, trabalhávamos melhor assim. Fazíamos uma dupla que se completava, que aprendia junto, que discutia seriamente a matéria e ao mesmo tempo fazia piada e trocadilhos com ela. Vivíamos juntas, tanto que as pessoas nos confundiam. A chamavam de Vanessa e a mim de Fernanda, e tínhamos que esclarecer aos equivocados quem era quem. Quando alguém via uma sozinha, automaticamente já perguntava onde estava a outra. Emplacávamos importantes e reveladoras conversas na esquina da facul, depois da saída. Filosofávamos nas voltas dos nossos passeios, no sagrado lanche comido aos domingos. Mas chegou o dia em que tivemos que crescer mesmo, prá valer. E fomos dar aula, iniciando um processo de crescimento e mudanças. Novas responsabilidades, e a velha amizade persistiu. Depois de um tempo, mais uma prova: a distância. Tive que ir embora, e ela me ajudou a viver este amargo que me acompanhou até pouco tempo, inclusive rezando por mim. Em certos dias de cansaço e desânimo, até deixei de viver com ela importantes momentos. De certo, a magoei por não ter ânimo de sair. Mas ela sempre esteve ali comigo, e apesar dessas vezes em que eu preferia ficar em casa, hoje posso dizer que minha amizade com ela é igualzinha a do começo. Carinho, admiração, respeito, e muito amor fraternal! Estamos aí, com a mesma capacidade de fazer piada das situações, pois driblamos os momentos difíceis e aprendemos a viver! Juntas! Fer, amo você, minha amiga!!
Beijo! - Escrito em 2008.

Vanessa Zordan 
 

***DEDICADO A FERNANDA NAVARRO


Quero mesmo e sempre acreditar que "não precisamos mudar de amigos, se entendermos que os amigos mudam."

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