terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Depuração



Ando tão submersa em mim mesma
Abafo o cheiro das memórias
Para que não sejam detectadas à minha presença
Ou a olhos nus, por qualquer um
(São meus segredos)

Em ausências me encontro comigo
E com fantasmas, alegrias e tristezas

Ando tão submersa em minha memória
Estado suspenso no ar, inexatidão das conversas alheias
Que pouco ou nada me interessam

Ando assim submersa, alma inversa
Teor cáustico gerando flores
Depurando amores e anseios
Meus desejos, minhas dores
Em busca da melhor definição do fim

Fim do começo ou começo de mim?


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