quarta-feira, 17 de abril de 2019

Claridade

É manhã clara
O sol avança em meio ao quintal
Toma partes da casa
Chega aos cachos do menino
Que brinca alegre mundo imaginário

Já é tarde e, a tesouradas frenéticas e profissionais,
Os cachos se foram. Não era minha vontade...
Mas o sol permaneceu
Para sair de cena à sua hora, como toda uma vida
Deu espaço à noite branda
E suas ausências.

Sinto falta dos cachos entre meus dedos na hora de dormir
E de coisas que também escorreram pelos dedos
E que talvez não voltem mais.

Sigo à penas
Caminho, apenas
Existo, só.

Vanessa Zordan

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