segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

POEMINHAS SEM TÍTULO

I
Já que Carlos nasceu para ser gauche
E virou poeta
Meu subconsciente permanece firmemente do contra,
Para ver se tem a mesma sorte.
Quer ser poeta também.


II
E o que eu sei de mim é pouco.
Muito é o que tenho de descobrir,
Uma constelação inteira com estrelas
Maiores e menores que o meu ser.
O problema é que, quando descobertas, elas já morreram,
E eu continuo aqui,
Sem saber de mim.


III
Às vezes eu penso que opto por ser triste
Para não perder a capacidade
De enxergar as coisas.
Quando estou feliz, fico cega.
E cegueira é tudo que menos quero para mim.


Vanessa Zordan 

Nenhum comentário:

Postar um comentário