A vida passa, e quando você menos espera
Já é fim de semana, já é fim de mês e o ano acabou.
A vida passa quando passa cada estação do ano
Cada novo aniversário, a cada novo feriado a vida passa.
A vida passa nas quatro fases da lua
E de quantas delas você se dá conta?
Quantas vezes olhou para céu neste ano?
Quantas vezes viu as estrelas,
A movimentação dos gatos quizilentos nos muros
A briga dos cachorros aventureiros
As rusgas da criança com o irmão?
Onde você está que não vê essas coisas
Onde está que não sente a brisa da manhã
E não descobre a que rumo te leva
Um caminho novo e desconhecido.
Onde você está, onde estamos todos nós?
A cada ciclo eleitoral onde, negligentes,
Vemos novamente absurdos acontecerem
E nos anulamos conformados à infeliz sorte.
A falta de sorte é o desperdício de saber que nada fizemos
Não estivemos com nossos amigos
Não encontramos um grande amor
Não brincamos com nossos filhos
Não conhecemos os filhos dos nossos melhores amigos
Não aprofundamos laços com nossos tios
Nossos avós já nem existem mais
Nossos vizinhos, quantos deles conhecemos?
A quantos ajudamos? Quantos morreram e nem nos demos conta?
A Bolsa de Valores, quantas vezes caiu?
E as Notícias da Hora trouxeram a crise econômica mundial
Com nossa Índia, nossa África se perpetuando aqui mesmo,
Debaixo dos nossos narizes
E os jornais da televisão espremendo o sangue
Das barbáries que o ser humano faz com ele mesmo
Cada vez mais banalizadas e normais.
Onde estávamos? Onde estamos agora?
E para onde vamos, se não sabemos a direção?
Não sabemos e não queremos saber
Estamos ocupados demais em ganhar dinheiro
Em sobreviver, em nos salvar desse martírio todo.
E só nos damos conta quando a vida passa.
Vanessa Zordan
A vida passa nas quatro fases da lua
E de quantas delas você se dá conta?
Quantas vezes olhou para céu neste ano?
Quantas vezes viu as estrelas,
A movimentação dos gatos quizilentos nos muros
A briga dos cachorros aventureiros
As rusgas da criança com o irmão?
Onde você está que não vê essas coisas
Onde está que não sente a brisa da manhã
E não descobre a que rumo te leva
Um caminho novo e desconhecido.
Onde você está, onde estamos todos nós?
A cada ciclo eleitoral onde, negligentes,
Vemos novamente absurdos acontecerem
E nos anulamos conformados à infeliz sorte.
A falta de sorte é o desperdício de saber que nada fizemos
Não estivemos com nossos amigos
Não encontramos um grande amor
Não brincamos com nossos filhos
Não conhecemos os filhos dos nossos melhores amigos
Não aprofundamos laços com nossos tios
Nossos avós já nem existem mais
Nossos vizinhos, quantos deles conhecemos?
A quantos ajudamos? Quantos morreram e nem nos demos conta?
A Bolsa de Valores, quantas vezes caiu?
E as Notícias da Hora trouxeram a crise econômica mundial
Com nossa Índia, nossa África se perpetuando aqui mesmo,
Debaixo dos nossos narizes
E os jornais da televisão espremendo o sangue
Das barbáries que o ser humano faz com ele mesmo
Cada vez mais banalizadas e normais.
Onde estávamos? Onde estamos agora?
E para onde vamos, se não sabemos a direção?
Não sabemos e não queremos saber
Estamos ocupados demais em ganhar dinheiro
Em sobreviver, em nos salvar desse martírio todo.
E só nos damos conta quando a vida passa.
Vanessa Zordan
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