sábado, 3 de novembro de 2012

Poema da noite passada


No canto da sala ocorre um milagre
Que nem Arquimedes e Newton duvidam
É física pura, quase lei

Dois corpos ocupando deliciosamente
O mesmo lugar no espaço e no tempo
Um espaço nos meus dias
Não é lá pra canto comum
Nem coisa de encanto qualquer
Mas, de canto a canto
Invade a casa toda
Faz tremer o tempo
E embala a impublicável
Fusão de dois corpos
Que se jogam aos cantos e paredes
E escalam a arquitetura anatômica
Em encaixes perfeitos.
O canto da sala é matemático
É encontro de dois que se transformam em um.

Vanessa Zordan 

Nenhum comentário:

Postar um comentário